OUTWEAR No. 4

/// BURBERRY - OS CLÁSSICOS E OS NÃO TÃO CLÁSSICOS /// tendência FW 2010/2011

Não sou pessoa de dizer bem de colecções inteiras só porque gosto da marca, ou só porque fica bem e toda a gente afirma que são boas. Dentro de cada colecção, por melhor que ela seja, existe sempre roupa que gosto e roupa com a qual não me identifico, coisas que vestiria, sem qualquer tipo de dúvidas, e coisas que, por mais que goste, não conseguiria vestir nunca.

Para mim a moda é isso mesmo: uns produzem-na, alguns com um autêntico toque de génio, outros seleccionam-na e arranjam formas de a mostrar, outros criticam-na e finalmente, quase todos nós, confrontando-a com o nosso próprio estilo, adquirimo-la.

E por vezes, neste estranho e curioso mundo, existem marcas acabam por juntar numa só colecção muitos dos artigos com os quais sempre nos identificámos: porque os nossos pais e avós já os tinham; porque interpretam as tendências da forma que esperávamos, ou não prevíamos, mas que ainda assim adorámos; ou tão simplesmente, porque reintrepretam os nossos clássicos preferidos, ao ponto de os queremos possuir, apesar de já termos uma, duas ou três variações daquilo.

Esta estação a Burberry foi uma dessas marcas. Lá está a gabardine bege reinterpretada, que ainda não tenho, mas espero em breve ter possibilidades para comprar. Lá estão os casacos de shearling, com golas altas e poderosas e aplicações em cabedal. E lá estão também os casacos militares, aqueles que, quando vestimos, nos dão a sensação de corajosos lobos do mar, quais Corto Malteses nos livros de aventuras de Hugo Pratt.

Por essa razão, resolvi desta vez fazer aquilo que não tenho por hábito fazer neste blog: analisar os must-have de uma marca, baseando-me apenas na publicidade e focando-me sobretudo (e como não podia deixar de ser) nos items masculinos. Futilidade ou não, acho que neste caso valeu mesmo a pena.

P.S. - Estarei em Barcelona até ao final da semana, muito provavelmente sem acesso à internet. Por isso, mais vale dizer já: até sábado!