STYLE No. 28

/// FANTÔMES À LA MUGLER

Pouco importa que estas imagens sejam alusivas à colecção de Outono/ Inverno 2011, até porque considero abstracto, senão mesmo sufocante, que as colecções andem quase um ano à frente de nós próprios. Dinâmicas empresariais ao que parece, mas isso ficará para outro post.

Facto é que Thierry Mugler sempre teve tanto de enfant terrible como de visionário. Os seus fantasmas pairam sobre nós há mais de três décadas e ainda não perderam a capacidade de nos supreender continuamente. E as suas criações, entre o gótico e burlesco, o punkrock e até o vampiresco, não deixam ninguém indiferente: ou se adoram, ou se odeiam.

Pessoalmente, sempre fui um admirador destes criadores que, em vez de se preocuparem apenas com os lucros, se centram em ideias, em desenvolvimento de conceitos, em investigação de novos materiais, novas técnicas e, no fundo disto, na descoberta de novos estilos e novas formas de pensar a moda.

É precisamente nisto que eu acredito que a moda deve ser: uma celebração social e cultural de estilos, onde todos têm naturalmente lugar; uma celebração, no fundo, daquilo que nos torna tão únicos - a humanização.

P.S. - Nascido em 1948 em Estrasburdo, Thierry Mugler começa a sua carreira como bailarino profissional na National Rhine Opera, onde descobre a magia do palco e o sentido de performance. Aos 20 anos muda-se para Paris, onde começa a trabalhar no mundo da moda, como freelance designer em várias casas de moda entre Paris, Milan e Barcelona. Cria colecções femininas, masculinas e de criança sempre com um sentido de espectáculo muito próprio. Em 1974 lança a sua própria marca e, em 1992, entra no selectivo mundo da Alta Costura, ao ser convidado pela Chambre Syndicale de la Haute Couture. Actualmente continua a desenvolver trabalhos como estilista, realizador, director de palco, e fotógrafo, vestindo celebridades como Beyoncé, Lady Gaga ou Mylène Farmer.

Imagens de Jack & Jill, modificadas. Todos os direitos reservados.








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