/// O MUITO BOM, O KITSCH E O PIROSO


Há uns anos, num outro blog, fiz um pseudo-estudo sobre o que as pessoas consideravam ser kitsch e o que consideravam ser piroso. As conclusões foram variadas e pouco conclusivas, mas uma coisa saltou à vista: existem determinados fenómenos de moda que, por ficarem associados a um qualquer culto, acabam por nos trazer recordações, sensações de conforto ou simplesmente, algum valor de uma época que vivemos.

Quando, a colecção do minimalista germânico Jil Sander, nada me levava a crer que, uns meses mais tarde, as misturas cromáticas surpreendentemente early-80's fossem tão copiadas em colecções de retalho e, sobretudo, tão rapidamente aceites numa faixa etária habituada ao branco, azul, preto e, ocasionalmente, alguns tons pastel.

A verdade é que elas estão aí e, ao que parece, vieram para se instalar. Através do minimalismo, Jil Sander ensinou-nos que podemos explodir em cores, testarmo-nos até ao limite em combinações inesperadas. Mas tudo tem um limite. Um pouco de kitsch, yes please, mas enough is enough.

P.S. - A novíssima loja da Blanco, no Chiado, está mesmo mesmo a abrir.

Fotografias de Jil Sander, Bershka e Blanco, modificadas. Todos os direitos reservados.

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